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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Regra número seis - Como ser realmente interessante: Deixem de se preocupar

"Não recomendo seguir o meu próprio manifesto. Dispensem as regras. Parem de tentar tanto. Não vão tornar-vos felizes e certamente não vão tornar-vos interessantes.
A única coisa boa a retirar da minha viagem é isto.
A vida não acontece simplesmente. Não podem sentar-se no banco de um parque e esperar que coisas fantásticas passem por vós tipo tapete rolante. A vida é o que vocês fazem dela. A minha não ficou mais interessante porque fiquei bonita ou fiz amizade com os miúdos populares. Não teve nada que ver com isso.
Ficou interessante porque, pela primeira vez, eu investi de facto nela.
E sim, fiquei com um bom corte de cabelo. Mas é tão mais do que isso. Podem tirar-me essas coisas e nem quero saber. Porque aprendi a investir e a deixar as pessoas entrar na minha vida. Isso não tem preço. Isso é que é importante.
Quis redenção - era a minha preocupação. E, como acontece sempre com a redenção, encontrei-a através do amor.
O amor, como sempre, tudo se resume ao amor. Temos de amar. É o único caminho.
Amor pela vida. Amor pelos outros. E, mais importante, amor por nós mesmo.
Eis o que se passa. Já não me interessa se sou interessante ou não.
Estou farta da obsessão da minha geração em deixar uma marca no mundo, com as competições habituais de quem-é-o-melhor-na-vida.
Durante anos só queria ser relevante. Provar a minha existencia. Fazer com que valesse a pena ouvindo forças externas a validar-me. A dizer-me que era importante.
Ser-se interessante não é importante. Mas ser feliz, sim. Assim como sermos alguém de que nos possamos orgulhar.
Agora posso desaparecer na obscuridade, mas ao menos sei quem sou, gosto de quem sou e sou feliz. Podem dizer o mesmo? Se não, porquê?
Porque, no seu leito de morte, as pessoas nunca dizem: "Quem me dera ter deixado uma marca no mundo." Dizem antes: "Onde estão as pessoas que eu amo? Posso vê-las uma última vez?"
Escolham a vida. Escolham o amor.
E lembrem-se sempre de viver."

Citação retirada de: "Manifesto de Como Ser Interessante", de Holly Bourne

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Livro #3 - Manifesto de Como Ser Interessante, de Holly Bourne

[Contêm Spoilers]
Livro estúpido que me fez chorar que nem uma Madalena arrependida.
Tenho que começar a ler as sinopses dos livros, começa a tornar-se um hábito julgar livros apenas pela capa e depois acabo a chorar.
Definitivamente este é um daqueles livros que toda a gente deve de ler. Eu juro que pensei que estivesse mais inclinado para a auto-ajuda ou para a não ficção, mas a verdade é que é uma ficção na qual qualquer pessoa se consegue identificar com a personagem principal.
Vamos por partes sim? É que senão vou acabar por não fazer qualquer sentido visto que acabei agora mesmo de ler o livro e foi uma viagem emocional bastante atribulada.
O livro começa quando Bree recebe uma carta de rejeição. Com apenas dezassete anos já escreveu dois livros e ambos foram rejeitados por todas as editoras ás quais foram enviados. Segundo o professor de inglês de Bree o problema é ela não levar uma vida interessante, tentar passar despercebida e por isso as coisas que adolescentes de hoje em dia fazem é algo completamente desconhecido para ela.
Como solução, o melhor amigo, Holdo, sugere que ela crie um blog, dessa maneira passa a ser uma autora, tecnicamente, publicada e a sua escrita chega a mais pessoas que não o seu pequeno circulo de leitores (nomeadamente Holdo e o professor de inglês).
Depois de uma noite a beber vinho caro e a ter conversas filosóficas com Holdo, Bree acaba por criar um blog a que dá o nome "Manifesto de Como Ser Interessante" e baseia-se em simples regras que ela cria e depois descreve o processo para as cumprir.

Regra nº 1- É preciso ser atraente
Regra nº 2 - Ser amiga de outras pessoas atraentes
Regra nº 3 - Ter sexo com outras pessoas atraentes
Regra nº 4 - Apaixonar-se por alguém proibido
Regra nº 5 - Perder a noção de si própria, cair numa enorme confusão emocional e falhar como pessoa

Ao todo são seis regras, mas falarei da última mais à frente.
Bree cumpre todas as regras e, subtilmente, a autora vai desenvolvendo a relação entre personagens. No inicio do livro, Bree não se dá bem com os pais, chegando mesmo a referir que, de certa forma, os odeia, mas com as mudanças exteriores, Bree e a mãe aproximam-se bastantes e é fantástico ver esse desenvolvimento porque inicialmente pensamos que finalmente ela está a tornar-se a filha que os pais sempre desejaram, mas na realidade trata-se da primeira vez que ela pede ajuda aos pais e que os deixa entrar na sua vida.
Com a nova popularidade de Bree, Holdo é deixado para segundo plano. Ela não conta a ninguém sobre o blog ou sobre o seu plano e isso inclui o seu melhor amigo. De dia para dia vamos vendo o afastamento deles. Apesar de ela nos explicar o porquê não deixa de ser revoltante ver alguém correr o risco de sacrificar uma relação de amizade verdadeira por uma experiência literária.
Quando as duas primeiras regras são cumpridas, Bree passa para a terceira e, na minha opinião, a mais revoltante de todas. Voluntariamente ela seduz o rapaz mais popular da escola, Hugo, alguém que ela despreza e por quem não se sente minimamente atraída, e vai para a cama com ele. Ela perde a virgindade pelo bem desta experiência social, uma experiência que ela criou, com as regras que ela criou. Chamem-se "old fashion" mas a meu ver nada neste mundo vale tal sacrifício.
Na quarta regra, Bree, desde o inicio, apaixona-se pelo professor de inglês, Logan. Estamos a falar de uma homem casado, muito mais velho e que é seu professor. Até aqui não tenho nada contra isso, esse tipo de coisas acontece quando menos se espera, mas algo não conectou bem.
No inicio do romance a autora refere um artigo sobre a psicologia do romance entre aluna e professor. Basicamente que o professor deixa o romance começar porque é uma maneira de viver as fantasias que não conseguiu realizar quando tinha a idade da aluna. Ou seja, Logan era um aluno não muito popular no seu tempo de escola, chego mesmo a dizer, a versão feminina de Bree antes da transformação, e de repente ali está a aluna mais popular da escola com uma crush pelo jovem professor de inglês.
Quando ele é confrontado com este estudo Logan relembra-lhe que estava interessado nela muito antes dela ser popular (no ano anterior ele tinha-a beijado num baile da escola). É um momento bastante "fofo" mas mesmo assim é difícil não sermos influenciados pelo estudo referido, especialmente com as atitudes de Logan no resto do livro.
E depois temos a regra número cinco. Hugo apanhou Bree e Logan e tenta usar isso para fazer com que Bree volte a ir para a cama com ele. Depois da experiência traumática que foi ter sexo com Hugo e para quem já tinha sacrificado tanto em nome de uma experiência, Bree faz frente a Hugo.
Com o que Bree não contava era que Hugo tinha filmado o seu encontro sexual e no dia seguinte toda a escola tinha visto o video. Num só momento, Bree foi humilhada, perdeu o seu acesso ao clube dos populares e Logan terminou tudo com ela. Algo que levaria qualquer adolescente ao extremo e Bree não é excepção.
Para além de ter sido uma pária social, Bree automutila-se e com os acontecimentos desencadeados por Hugo esse vicio é levado ao extremo. Ela acaba no hospital, mais propriamente na ala psiquiátrica.
E foi aqui que o choro começou. Quando Bree acorda é saudada por um psiquiatra e acaba por lhe contar tudo o que se passou porque, talvez pela primeira vez desde o inicio do livro, ela apercebesse que não há mal em contar a alguém o que se passa e que isso até pode trazer consequências positivas.
O médico acaba por apenas contar aos pais de Bree aquilo que ela lhe pede, sobre o video de Hugo e mantém o blog e o caso com Logan em segredo.
Quando volta à escola com um plano para enfrentar Hugo, Bree depara-se com uma escola completamente diferente. Já não é popular, Logan foi-se embora e ela está sozinha. Mas no meio disto tudo ela ergue a cabeça e enfrenta Hugo, que foi acusado de pedofilia e distribuição de pornografia.  
E dois meses depois disto tudo, a escola volta outra vez a criar um burburinho à volta de Bree. O seu blog foi descoberto e o clube dos populares viram-se contra ela, atacando-a, não apenas verbalmente, mas também fisicamente. E eis que surgem todos aqueles alunos que já foram vitimas dos miúdos populares para defenderem Bree. Confesso que esta parte suou bastante falsa, talvez porque seria algo que uma pessoa veria naqueles filmes de adolescentes que querem retratar a realidade e acabam por a tornar absurda.
E eis que surge Holdo. Depois de descobrir que tudo não passou de uma experiência e que na realidade Bree não tinha passado para o lado negro (que tinha batatas fritas e não bolachas), esqueceu tudo e a perdoou. Agarrou nela, levou-a para sua casa e mostrou-lhe que o seu blog chegava a milhões de pessoas que estavam a passar pelo mesmo que Bree e que apenas queriam ser notadas. E no meio da confusão de e-mails que Bree não tinha visto estava um e-mail de uma editora a pedir para marcarem um reunião, muito provavelmente para criar um livro a partir do blog de Bree.
E o que é que ela faz? Liga ao pai, vai para casa e resolve contar tudo aos pais sobre Logan e sobre o blog.
Adorei o livro, juro que o adorei, muito provavelmente tornou-se um dos meus favoritos, mas aquele final deixou muito a desejar.
O tema do livro é do mais cliché que pode haver, milhentos livros foram escritos sobre o assunto e milhentos filmes foram feitos, mas quando pensamos que o livro vai seguir esses clichés, eis que a autora segue por um caminho diferente e inesperado.
Quando comecei a ler o livro criei logo a teoria de que a Bree ia acabar por descobrir que as meninas populares até eram fixes e que o Hugo até era um gajo decente e que ia ficar por aí, mas não. Ela descobre sim, que as meninas populares, no meio das suas maldades, também são humanas. Seres humanos com mais defeitos que qualidades, mas mesmo assim, humanas, com emoções e sentimentos.
Mas, para mim, a maior lição a tirar deste livro é "peçam ajuda". Não faz mal pedir ajuda quando não se suporta uma situação, não é sinal de fraqueza.
O que me leva à regra numero seis: Como ser realmente interessante - Deixem de se preocupar.
Não se preocupem com o que os outros pensam de vocês, não tentem ser uma cópia baratuxa de alguém que é popular, porque o ser popular não quer dizer que seja interessante. E talvez por isso o livro me tenha tocado tanto, eu não consigo atingir a regra seis, ainda. Não ando a copiar ninguém, mas não consigo deixar de me preocupar com o que os outros pensam, especialmente sobre mim.
Resumindo, dois ataques de choro num só livro. Livro estúpido.
Vamos à revisão da parte técnica? Vamos lá ...
A escrita é simples, o que torna a leitura fluída e bastante agradável. Sinceramente, não concordo concordo com o tradutor nalgumas escolhas que fez, mas isso é a minha opinião e não tenho curso ou algo do género nessa área. 8
E depois temos o belíssimo design do livro. Se tiverem oportunidade (caso não tenham o livro) vão a uma livraria e analisem visualmente o livro. É lindo, tanto a capa como a indicação dos capítulos e até o marcador embutido.
E agora vou ler algo mesmo superficial e sem qualquer qualidade literária para recuperar da montanha russa que foi este livro.



Título: "Manifesto de Como Ser Interessante"
Autor(a): Holly Bourne
Editora: Civilização Editora
Ano: 2015
 Edição: 1º Edição
Nº de Paginas: 424
ISBN: 978-972-26-3709-1
Sinopse:"Que sacrifícios estamos dispostos a fazer para nos tornarmos populares?

Imprensa Internacional

"Bree, inteligente mas introvertida, poderá não parecer uma ‘rapariga comum’, mas os adolescentes e os seus pais irão reconhecer-se nos seus medos, emoções e vulnerabilidade. Bourne é uma autora de um talento prodigioso que tem o dom de transformar a ficção em realidade."
Lancashire Evening Post

"Aviso: este livro irá partir-lhe o coração como partiu o meu."
 C.J Skuse, autor de Pretty Bad Things e Rockoholic

"Bourne é a escritora por quem eu estava à espera."
EscapeintoWords

 Esta é a questão com que se vê confrontada a protagonista no seu blog à medida que vai anotando tudo o que é preciso fazer para se ser mais interessante aos olhos dos outros. Bree é uma blogger que leva uma vida extremamente enfadonha e se toma por fracassada mas que sonha vir a ser uma grande escritora um dia. Mais do que procurar identificar tudo o que a pode tornar mais popular ela vai de facto procurar transformar-se e mudar, espécie de metamorfose autoconsciente para ver até que ponto funciona. Mas será que compensa tendo em conta todos os sacrifícios? É isso que ficaremos a saber nestas páginas tingidas de humor negro."

a jornada das metas - o ínicio

Hello minha gente!
Vamos lá falar de motivação e perda de peso. É mesmo assim, começar logo assim de rompante que dessa maneira é tipo arrancar o penso de uma ferida.
Há cerca de 2/3 anos entrei numa "corrida" desenfreada para perde peso. Num pouco espaço de tempo perdi quase 30 kilos e estava a conseguir manter e grande parte disso foi graças  à motivação. Nunca fui muito vaidosa no que diz respeito a vestuário mas nessa altura com a perda de peso todo um novo mundo se abriu. Essa foi a minha motivação.
Entretanto fui para Edimburgo e todo o esforço e motivação foi ao ar. Podia colocar aqui mil e uma desculpas para tal ter acontecido, mas este post não é realmente sobre o que se passou, mas sim sobre o que espero vir a acontecer.
Este ano decidi que ia voltar a perder peso, que ia voltar a sentir-me bem com o meu corpo, mas as coisas nem sempre correm do jeito que planeamos.
Eu sou uma pessoa que é capaz de comer uma ninharia por dia. Para terem uma noção, esta semana passei 24horas apenas à base de café. O meu problema com o comida começa com o stress. Quanto maior for o meu stress, maior vai ser a quantidade de comida ingerida. E não estamos a falar de saladas ... a minha última mania é Pez e Red Bull.
Com os stresses que houve neste verão com a companhia de teatro e o inicio da terapia (noutro post falarei disso), todos os dias é dia de Pez e Red Bull. E talvez até conseguisse controlar tudo isso se tivesse motivação, mas a verdade é que não tenho. Hoje em dia cada vez mais lojas têm tamanhos grandes e o que me motivava à 2/3 anos atrás já não me motiva hoje.
Ora, eu gosto de pensar que sou uma pessoa criativa e que quando quero realmente algo não há quem me pare e de há uns dias para cá tenho queimado fusíveis a tentar arranjar uma solução definitiva e há poucos dias surgiu a luz.
Em vez de apenas um objectivo que me motive, porque não criar pequenas metas? Porque não fazer dessas metas algo que nunca fiz antes porque mental ou fisicamente não me sentia bem? Estão a apanhar a ideia?
Como raio é que isto surgiu? Estava eu a olhar para os meus velhos cosplays (para quem não sabe o que é, aqui está uma explicação) e só me lembrava do quão difícil era para mim escolher algo que me ficasse bem e que ao mesmo tempo gostasse. "Aí se eu fosse mais magra poderia ter feito cosplay disto, cosplay daquilo..." esse tipo de coisas. A verdade é que nem é a parte de vestir o cosplay que me deixa desconfortável, é a falta de confiança para incorporar a personagem. E daí surgiu a primeira meta, ou melhor, a ideia de criar as metas.
É óbvio que a primeira meta não é voltar a fazer cosplay, mas num futuro essa é uma meta.
Como vão funcionar essas metas? Basicamente a cada 10kilos perdidos irei realizar uma tarefa. A primeira é simples e não tem nada de especial, não é nada que o excesso de peso me impediu de fazer, mas é algo que quero fazer há algum tempo e na privação de o fazer está a motivação.
Cortar o cabelo. Sim, um simples corte de cabelo. Toda a gente sabe que eu não tenho amor ao meu cabelo no sentido em que não me importo de o cortar, pintar ou seja o que for. Simplesmente não sou daquelas mulheres que quase chora quando tem que ir cortar as pontas.
No inicio do verão estava com ideias de fazer um corte à lá Pixie.

Só que em vez disso acabei por rapar apenas o lado esquerdo naquilo que gosto de chamar o corte à lá Kelly Clarkson, porque cortei-o dessa maneira depois de ter visto video de "Invincible".

Agora que o cabelo do lado esquerdo cresceu o suficiente já posso fazer o meu pixie cut e estou ansiosa por o fazer.
E a minha primeira meta é essa. Quando perder dez kilos é quando posso ir ao cabeleireiro e fazer o corte com que ando a sonhar há meses.
Quanto ás restantes metas ... não faço ideia. A única meta que tenho planeada, para além da primeira, é a de voltar a fazer cosplay, mas isso será só mais para a frente.
E que venha o ginásio e que os Pez e Red Bull se vão embora.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

desabafo #1

Isto de se trabalhar numa companhia de teatro nem sempre é pêra doce. Por norma, toda a gente pensa que é um espectáculo (get it?) e que é cheio de glamour e afins. Onde está a parte do glamour eu não sei, mas o certo é que às vezes apanhamos umas pérolas jeitosas e a maior parte das vezes a nossa sanidade mental voa pela janela para nunca mais voltar.
Com as recentes mudanças na companhia, fomos obrigados a fazer castings e entrevistas para assistentes. Com os castings posso eu bem porque já os faço desde o tempo da faculdade. As entrevistas de emprego é que vão ser giras. Ainda vou mandar um dos candidatos dançar o vira e escolher o que dança melhor em vez do que faz melhor produção.
Com estas situações apercebo-me um pouco de que os rótulos que algumas pessoas colocam aos artistas não é assim muito errado. Com o avançar do tempo as pessoas mudaram as suas mentalidades a respeito dos artistas, mas eu ainda sou do tempo em que para muita gente os actores eram pessoas com baixo QI e que acabavam na representação porque não serviam para mais nada.
Ao organizar estes castings e entrevistas vi que algumas pessoas ainda se enquadram nesse estereotipo e se ao inicio até podia ser engraçado, ao fim de algum tempo já começa a ser desesperante.
Vamos por pontos, sim? O anuncio pedia actores (masculinos) da zona do Porto e assistentes de produção da zona do Porto. Em ambos os casos pedimos disponibilidade imediata. Todas as características estão explicitas nos anúncios.

Situação I
Tivemos uma mão cheia de actrizes a candidatar-se ao casting. Sim, ao casting e não ás entrevistas para assistente.

Situação II
Tivemos candidaturas de pessoal do Brazil (três), pessoal do Algarve, Lisboa e outras zonas que não pertencem ao Porto.

Situação III
Pessoas que se candidatam tanto para o casting como para as entrevistas mas que têm um projecto para o próximo mês ou vão de férias.

Situação IV
Pessoas que andaram contigo na faculdade e que mandam o CV e a seguinte frase: "tu já me conheces por isso não preciso de fazer uma apresentação".

Situação V
Pessoas com CV's que fazem concorrência aos "Os Miseráveis" sem dificuldade alguma.

Situação VI
Pessoas que enviam e-mail só com um anexo e sem qualquer texto, nem sequer um "boa tarde" ou o oposto, pessoas que enviam um e-mail a dizer que o CV vai em anexo e não há nada em anexo.

Pode-se dizer que foi uma semana em que muitas vezes me viam a suspirar de frustração ou a bater com a cabeça na parede.
Quando se candidata a um posto, qualquer que seja a área, deve de se ler bem o anuncio e saber analisar se nos enquadramos no que nos pedem. Se o anuncio pede um actor e que seja da zona do Porto, eu não me vou candidatar se for uma mulher que vive em Coimbra (não vamos falar das situações do Brasil que não vale a pena).
Segundo, se me pedem disponibilidade imediata mas eu só tenho disponibilidade em Novembro, das duas uma, ou envio um e-mail a explicar a situação a ver se há hipóteses ou não me candidato. Não vou fazer as pessoas gastarem tempo a ver o meu CV e tirar vaga a outra pessoa para na realidade não ir ao encontro do que pedem no anuncio.
Depois, se me conhecem do tempo de faculdade sabem que comigo é pão pão, queijo queijo. Sim, fomos da mesma turma na faculdade, mas se te estás a candidatar a uma vaga de emprego sê um pouco profissional já que muito provavelmente é isso que estamos à procura. E depois, pensa um bocado, nunca fizemos um único trabalho juntos na faculdade e mal falávamos por isso, não, eu não te conheço.
E os longos CV's? Sim gente, experiência é boa. Sim, eu sei que querem mostrar que sabem mudar um pneu e trocar uma lâmpada, mas não quero ler nove páginas de texto corrido (sim, nem era em tópicos) para chegar a meia dúzia de características que me chamam a atenção num assistente. Curto e simples, se se sentirem inspirados para escrever um longo texto para enviarem, escrevam uma carta de motivação ao algo do género, porque os CV's são para vista rápida das vossas características.
E falo daquela gente que está mesmo interessada no cargo, especialmente em assistente de produção, que apenas enviam um anexo? Quer dizer, eu não quero nenhuma obra literária, mas não fica nada mal abrir um e-mail e ter lá um "bom dia". E também não é muito bom sinal quando se esquecem de anexar o CV.
Não me venham dizer que a vida de chefe de uma companhia de teatro é glamourosa porque não é e eu desconfio que muita gente pensa que eu levo a vida do Spielberg quando lhes digo que sou licenciada em Cinema e sou produtora numa companhia de teatro.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Livro #2 - Red Queen, de Victoria Aveyard

[Contêm Spoilers]
Como é meu costume, quando comprei este livro não sabia ao certo com o que contar. É raro ler sinopses, ler reviews ou algo do género. Apenas sabia que se falava imenso deste livro e que, provavelmente, era uma espécie de Hunger Games ou Divergente.
Mal comecei a ler notei logo algo de "errado". Era como se tivesse caído de para-quedas no meio de uma história, sem qualquer explicação de como aquele mundo funcionava, que tipo de personagens existem nele, esse tipo de coisas que são essenciais para a compreensão de uma história. Para mim essa sensação foi algo negativo, principalmente para alguém que esta a iniciar um novo livro, mas sobretudo uma nova saga. Claro que nos é explicado os pormenores, mas aquela sensação permaneceu comigo e conforme fui avançando na leitura lembrava-me sempre dessa situação.
Algo que também marcou o inicio desta leitura foi a sensação gritante de "HUNGER GAMES! HUNGER GAMES!" e depois "SELECÇÃO! SELECÇÃO!". Aquele inicio era demasiado idêntico: a First Friday ser uma maneira de demonstrar o poder dos Silver sobre os Red, a relação da Mare com o Kilorn, a Scarlet Guard, o Queenstrial, ... esse tipo de coisas.
E depois temos o Maven. Para mim, tal como para a autora (coincidentemente) o Maven é uma personagem cheia de nós e contra-nós. Maven é o meio irmão do Cal, futuro rei e interesse romântico da Mare. Só por isso, para mim, é o suficiente para criar suspeita. Resumindo, debati-me imenso com ele, porque estava a adorar a personagem, mas estava tão convencida que ele iria ser o mau da fita que proibi-me de gostar da personagem.
Como é óbvio, foi o que aconteceu.
Para ser sincera, este livro é um dilema para mim porque gostei tanto como o detestei. Sem andar a criar muitos rodeios, o livro é uma cópia de sagas como Hunger Games, The Selection e tudo o que possam imaginar de sagas distópicas. Mas enquanto que Hunger Games, e uso esta saga como exemplo porque são bastante semelhantes, tem uma péssima escrita e uma personagem principal que chega a ser desinteressante em alguns pontos, neste a escrita é cativante e ao mesmo tempo de fácil leitura. A personagem principal é interessante e não a típica "donzela em apuros" que os livros nos têm habituado ultimamente.
Resumidamente, é uma junção de vários livros num só, mas com uma escrita mais agradável. E daí o meu dilema, juntamente com o óbvio que era que o Maven acabasse por ser o mau da fita e que estivesse a planear usurpa o trono, juntamente com a sua mãe. Se o Maven não fosse o mau da fita e a Elara estivesse disposta a ajudar a Scarlet Guard, isso sim teria sido um plot twist genial. Ah, e se o Cal fosse o mau da fita (dá para notar que não gosto da personagem?).
Não sei, sinceramente este livro deixou-me confusa. Espero que quando sair o segundo volume que alguma da confusão se dissipe e eu possa formar uma opinião mais concreta em relação à saga e à autora.



Título: "Red Queen"
Autor(a): Victoria Aveyard
Editora: Orion Books
Ano: 2015
Edição: 1º Edição
Nº de Paginas: 320
ISBN: 978-1-4091-5072-5
Sinopse: This is a world divided by blood - red or silver.
 The Reds are commoners, ruled by a Silver elite in possession of god-like superpowers. And to Mare Barrow, a seventeen-year-old Red girl from the poverty-stricken Stilts, it seems like nothing will ever change.
That is, until she finds herself working in the Silver Palace. Here, surrounded by the people she hates the most, Mare discovers that, despite her red blood, she possesses a deadly power of her own. One that threatens to destroy the balance of power.
Fearful of Mare's potential, the Silvers hide her in plain view, declaring her a long-lost Silver princess, now engaged to a Silver prince. Despite knowing that one misstep would mean her death, Mare works silently to help the Red Guard, a militant resistance group, and bring down the Silver regime.
But this is a world of betrayal and lies, and Mare has entered a dangerous dance - Reds against Silvers, prince against prince, and Mare against her own heart . . .

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

TAG - Certified Bookaholic


Diz que fui nomeada pelo senhor Cenas do Tio para fazer esta TAG, que foi criada por três bloggers (Cenas do Tio , O Meu Reino da Noite e Words à la Carte  ).
Basta copiarem e responder às seguintes perguntas.

1. O primeiro livro/colecção que te vem à cabeça
“O Diário da Princesa” de Meg Cabot. Enquanto a maioria das pessoas que conheço cresceu com o Harry Potter, eu cresci com a Mia Thermopolis.

 2. Um livro que dizes a todos para não ler
Vou fazer um bocadinho de batota porque vou referir uma saga e não um livro em especifico. A saga Twilight da Stepheny Meyer, pelos motivos mais do que óbvios.

3. O livro mais caro e o livro mais barato que tens (oferecidos não contam)
Mais caro – “A Invenção de Hugo Cabret” – Brian Selznick
Mais Barato – “O Grande Gatsby” – F. Scott Fitzgerald

4. Conto de fadas favorito
“O Feiticeiro de Oz” de L. Frank Baum … se bem que nunca fui muito de ler contos de fadas quando era pequena. 

5. Top 3 das tuas personagens favoritas (sejam principais ou não)
Vane – Saga Dark Hunter de Sherrilyn Kenyon
Dimitri Belikov – Saga Vampire Academy de Richelle Mead

Magnus Bane – Saga Instrumentos Mortais de Cassandra Clare 


6. Top 3 das personagens que menos gostaste (sejam principais ou não)
Zoey Redbird – Saga Casa da Noite de P.C. Cast e Kristin Cast
Sookie Stackhouse – Saga Sangue Fresco de Charlaine Harris
Jace Wayland - Saga Instrumentos Mortais

7. Top 3 de lugares que existem só em livros que gostarias de visitar
Nárnia – As Crónicas de Nárnia de C.S. Lewis

Morganville – The Morganville Vampires de Rachel Cane
Oz – O Feiticeiro de Oz de L. Frank Baum


8. Uma personagem que trarias à vida real
Dimitri Belikov. Quer dizer, qual é a mulher que não o faria?

9. Um livro que te fez feliz
“Descobri que te Amo” de A. E. Cannon. Não me perguntem porquê, mas fico sempre bem disposta quando penso neste livro.


10. Um livro que te fez chorar
“Os Bebés de Auschwitz” de Wendy Holden. Claro que pelos motivos óbvios, mas também porque são três histórias de vida inspiradoras.


11. Um livro que te fez pensar
“Into the Wild” de Jon Krakauer. Pensar, chorar, … o que quiserem.


12. Um livro que te fez rir
“My Mad Fat Diary” de Rea Earl. Okay, eu sei que a Rae tem problemas com a depressão e automutilação, mas ela consegue ser tão engraçada e irónica no que escreve.


13. Pior adaptação cinematográfica de um livro
Ufa … por onde começar? Só uma? Okay, então vai a da minha saga vampírica preferida, “Vampire Academy”.


14. Livro(s) que vais ter que reler
“Anjo Caído” de Lauren Kate. Li o livro, tenho a saga toda ali parada para ler e não faço ideia do que se passou no primeiro livro, por isso, releitura.

15. Um livro que te vez voltar uma página atrás devido ao choque
“Sedução na Noite” de Sherrilyn Kenyon. Não se deixem enganar pelo título porque neste livro é o fim do mundo em cuecas.

16. Um livro que aches que esteja incompleto
“Huge” de Sasha Paley. Falta ali algo, talvez porque vi a série antes de ler o livro.


17. Um livro com um final inesperado
“Allegiant” de Veronica Roth. Well done miss Veronica.

18. Um livro que terminou num cliffhanger
Sinceramente não me vem nenhum á mente.

19. Um livro com um final de arrancar cabelos
“Quando Tu Eras Meu” de Rebecca Serle. O livro é tão cativante e acaba de uma maneira tão blagh.


20. Uma citação importante
"Por vezes, o simples facto de viver é, por si só, um acto de coragem. " - Séneca

21. Uma música perfeita para ler

Não ouço musica quando leio. Silêncio musical ou então não paro de ler a mesma frase vezes e vezes sem fim. 


Dizem que tenho que nomear pessoal, mas prefiro deixar ao critério de quem quiser responder a estas perguntas.

sábado, 5 de setembro de 2015

Livro #1 - The Boy Who Loved Anne Frank, de Ellen Feldman

Desde o inicio do ano que ando fascinada com os livros que relatam histórias da Segunda Guerra Mundial, quer sejam de ficção ou não ficção.
Este é o segundo livro que leio onde o autor foca-se no Peter van Pels, o adolescente que estava, juntamente com a família Frank, escondido no famoso anexo em Amesterdão. Trata-se de uma figura que sempre me intrigou e ter descoberto dois livros que "iluminam" esta pessoa foi fantástico.
Em "The Boy Who Loved Anne Frank" a autora baseia-se na premissa de que não existem documentos que relatem o que aconteceu a Peter e sobre o que ele disse a Anne, que no fim da guerra ele faria com que ninguém soubesse que ele era judeu.
Esta história começa quando, numa noite, Peter perde a voz e decide consultar vários especialista até chegar ao consultório do Dr. Gabor. E a partir daí ele vai-nos contando a sua história. Como ele acabou por ir para os EUA, como recomeçou a sua vida, como a guerra mudou a sua mentalidade, mais especificamente referente à religião, mas também como o tempo que esteve enclausurado no Anexo influenciou a sua vida.
Tudo isto é narrado um pouco a força, uma vez que Peter não quer que as pessoas à sua volta descubram que é judeu e que esteve num campo de concentração, mas o Dr. Gabor vai-lhe colocando as perguntas com a desculpa de que o facto dele estar afónico pode ser algo psicológico, visto que fisicamente não há nada de errado com ele.
Algo que achei bastante curioso e significativo foi a relação de Peter com a esposa, Madeleine, e a cunhada, Sussannah. Inicialmente Peter mantêm uma relação amorosa com Susannah (a irmã mais velha) mas acaba por se apaixonar e casar com Madeleine (irmã mais nova), o que faz lembrar em muito a situação no Anexo e da relação entre Peter, Anne e Margo. Claramente esta situação foi propositada por parte da autora e é quase como se estivéssemos a ver a vida dos três jovens a desenvolver-se num cenário quotidiano, depois da guerra, sem as restrições causadas pela situação que era viver num anexo. Tudo isso torna-se mais evidente quando nos é descrita as personalidades das irmãs, sendo a mais velha mais calculista (em relação ao seus sentimentos) e a mais nova é mais "livre espírito", mas também pelos sentimentos de inveja entre irmãs, as típicas disputas que só quem tem irmãos reconhece.
Ao longo da narrativa é tão óbvio o medo de Peter em que o mesmo se repita que ele chega mesmo a mentir à esposa, inventando histórias, sobre o seu passado. Mas, na minha opinião, é um medo tão extremo que ele está disposto a perder tudo o que construiu por medo de algo que é incerto, algo tão simples como simplesmente dizer "eu sou judeu".
Quando ele descobre que o diário de Anne foi publicado passa quase a viver uma vida dupla, lê o diário ás escondidas, inventa reuniões só para puder esgueirar-se para um parque de estacionamento qualquer para o ler. E depois começa os comportamentos típicos de alguém traumatizado; o acordar ás 3 da manhã para ir comer tudo o que se encontra  no frigorífico, as viagens à sinagoga, o desejo de voltar a Amesterdão.
Confesso que houve momentos em que começava a odiar o Peter e a personalidade que lhe foi criada e, se por um lado compreendia a atitude dele, por outro também o recriminava por isso mesmo. Sei perfeitamente que uma coisa é imaginar o que nós faríamos numa situação daquela e outra é o que uma pessoa, que passou pelo trauma de uma guerra e campo de concentração e que viu toda a gente à sua volta morrer, faria. Mas também, gradualmente, vamos notando uma mudança e, para mim, o momento de viragem foi quando ele decidiu não remover a tatuagem com o número de prisioneiro.
Na minha opinião essas tatuagem são algo positivo. Sim, através dela sabemos que a pessoa passou por algo terrível, mas sobreviveu, teve força, coragem e determinação de sair dali vivo. É uma espécie de testamento, é dizer-lhes "vocês queriam aniquilar-me, mas eu estou aqui, eu sobrevivi" ...
E quando ele vai ao médico para retirar a  tatuagem, eu quase que desistia do livro, porque era uma atitude cobarde atrás da outra, mas aí ele desiste da ideia, pelos motivos errados (afirma que retirar a tatuagem é viver no passado e ele não quer viver no passado), mas desiste.
Aos poucos e poucos vamos vendo o enlouquecimento e o desprender da realidade da personagem e tudo porque ele apenas pretende proteger a familia e estar preparado para quando algo do género da Segunda Guerra Mundial voltar a acontecer. E eu digo "quando" e não "se" porque ele tem quase a certeza que tudo aquilo pelo que ele passou se vai voltar a repetir.
"An appealing and inventive novel ... both original and cathartic" (New York Time) é a review que se lê na capa e, na minha opinião, resume o livro.
Relativamente a autenticidade de alguns factores da história, a verdade é que existem documentos relativamente ao que aconteceu a Peter van  Pels (acabou por morrer no campo de concentração de Mauthausen a 5 de Maio de 1945, três dias antes da libertação), mas a autora, levada no engano pelo folheto da Casa Anne Frank, já tinha começado a dar asas a imaginação quando começou a pesquisa para este romance e descobriu os documentos da Cruz Vermelha referentes a Peter.
A nível de escrita não tenho nada negativo a apontar, é uma escrita simples e o facto de estar na primeira pessoa (algo que eu odeio profundamente) é um factor bastante positivo e que faz com que o leitor tenha a sensação de estar a olhar para a mente de alguém que realmente passou por um campo de concentração e sobreviveu, com os seus traumas e medos, mas que conseguiu seguir em frente com a sua vida.



Título: "The Boy Who Loved Anne Frank"
Autor(a): Ellen Feldman
Editora: Picador
Ano: 2005
Edição: 1º Edição
Nº de Paginas: 261
ISBN: 978-0-330-44000-4
Sinopse:
Imagine if the boy in hiding with Anne Frank had survived the war...
On February 16 1944, Peter, Anne Frank's closest confidant in the Secret Annex, declared that if he got out alive he would reinvent himself entirely; no would ever know who he was or where he had been during the years of murder and destruction in Europe. This is the story of what might have happened if the boy in hiding had survived the horror.
The Boy Who Loved Anne Frank is a compelling novel about the power of stories, the meaning of history and the possibility of coming to terms with an unbearable burden of memory.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

anime, teatro e férias.

Eu não me esqueci que tinha um blog, simplesmente o tempo e paciência não têm andado para estes lados.

Quem diria, no inicio do ano, que a vida poderia correr tão diferente daquilo que tínhamos planeado? Eu tenho um problema com o controlo. Está clinicamente provado (e não estou a ser irónica ou algo do género). Entro em paranóia se as coisas fogem do meu controlo e este ano isso está a ser o pão nosso de cada dia. Mas curiosamente tudo isso se enquadra na categoria do "no bom sentido".

Por esta altura esperava ter uma viagem marcada para Londres (para umas merecidas férias), mas todo o dinheiro que tinha para a viagem e para percorrer os musicias de West End de ponta a ponta foi investido na nova companhia de teatro (que agora estou a dirigir sozinha). Fiquei triste? Sim, mas apenas porque a intenção era visitar a Lau, mas já nos resolvemos quanto a esse assunto.

Tal como disse, estou a dirigir a companhia de teatro sozinha. Confesso que inicialmente estava cheia de medo, mas das duas uma, ou desistia da companhia ou arriscava. Bem, como pelos vistos estou no ano de arriscar, lá fui eu.



Pelo meio disto tudo perdi uma amiga, mas com amigas como aquelas mais vale estar sozinha. Quem é que decide deixar uma parceria porque simplesmente não está para ficar responsável pelo negócio durante uma semana (onde o único trabalho que tinha era agendar ensaios por cinco dias)? E para cúmulo dos cúmulos? Eu ia de férias numa Segunda Feira e nessa Segunda Feira foi quando ela me decidiu dizer que ia sair da Companhia.

Resumindo, estou a morrer por uma semana de férias e pelo andar da carruagem tão cedo não a vou ter.



Em contrapartida voltei a "viajar" no tempo e regressei ao tempo em que só via anime. Finalmente estou a par de Naruto, estou finalmente a terminar de ver Bleach e ... não sei que mais ver. Juro, estive tanto tempo afastada desse mundo que não faço ideia quais são os animes que por aí andam. Da pouca pesquisa que fiz sei que "Attack on Titan" é bastante falado, mas de resto ... zero. Sugestões?

Aos poucos e poucos vou voltando a entrar no mundo do anime e cada vez mais me surge a pergunta "porque raio deixei de ver anime? porque é que deixei de ir a eventos e afins?" ...Anyway, o que importa é que voltei.

E, para ser sincera, não se tem passado muito mais do que isso, porque passo os dias a trabalhar e as poucas horas livres que tenho depois do jantar são para descansar porque isto de trabalhar das 8horas ás 19horas tem muito que se lhe diga.



(Mudei o blog do Wordpress para o meu antigo endereço, porque verdade seja dita, eu não entendo nada daquilo e sempre me desenrasco melhor no blogger)